sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sentir?

É uma coisa estranha

A qual... em toda minha vida

Nunca me acostumei muito

A viver, não quero descrer

Das coisas que eu mesmo me propus

A nomear de sentir

Nem mesmo rir

Dos que por mim, sentiram

Ou sentem alguma coisa

Mas estas linhas são muito mais

Que uma mera análise sobre sentimentos

É uma análise sobre os talentos

Que esquecemos que temos

Sobre os sentidos e sentir.

Tantas coisas são ditas

Tanta fúria reprimida

Que expressamos sobre nossos limiares

São dores, são amores

E essas manifestações

São apenas violência

Que vomitamos sobre nossas vidas

Nada mais de alimento

De gozo surreal,

Isto ou aquilo

Nada...

Nada em verdade sentimos

Somo sinos vazios

Sem badalos a nos badalar

Sem cordas a puxa

Nosso sinete mestral

Somos os tais imortais

De corações frios e sangue quente

Nunca pensamos nessa gente

Que vilipendiada pela vida

Vive a margem destas esquinas

Que chamamos de coração.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

nada a declarar

Tenho um blog que não recebe visitas

E isto não me incomoda.

Tem horas em que me sinto

Muito mais que estas varias

Contas em redes sociais.

Tenho mais, muito mais sentimentos

Que estes poucos versos soltos ao vento.

E amigos de carne e osso

Caso alguém queira saber.

Tenho aprendido

Vagamente a ler

As entrelinhas da vida

Que sempre me expõe a ferida

Cheirando a gliter e pus púrpura.

E mais uma tarde eu perco

Publicando neste endereço

Inóspito da web

Mas ninguém percebe, nada aqui é lido

É como um receptáculo falido

Que pouco a pouco vaza seu suco biliar.

A mas que tédio, preciso de algum remédio

Mas na vida não existem antivírus, firewal, anti spy....

Nada apenas estas aspirinas

Que me fazem coçar a narina

E me prometem livrar me desta enxaqueca

Que os malditos médicos dizem ser genética.