Sentir?
É uma coisa estranha
A qual... em toda minha vida
Nunca me acostumei muito
A viver, não quero descrer
Das coisas que eu mesmo me propus
A nomear de sentir
Nem mesmo rir
Dos que por mim, sentiram
Ou sentem alguma coisa
Mas estas linhas são muito mais
Que uma mera análise sobre sentimentos
É uma análise sobre os talentos
Que esquecemos que temos
Sobre os sentidos e sentir.
Tantas coisas são ditas
Tanta fúria reprimida
Que expressamos sobre nossos limiares
São dores, são amores
E essas manifestações
São apenas violência
Que vomitamos sobre nossas vidas
Nada mais de alimento
De gozo surreal,
Isto ou aquilo
Nada...
Nada em verdade sentimos
Somo sinos vazios
Sem badalos a nos badalar
Sem cordas a puxa
Nosso sinete mestral
Somos os tais imortais
De corações frios e sangue quente
Nunca pensamos nessa gente
Que vilipendiada pela vida
Vive a margem destas esquinas
Que chamamos de coração.