sexta-feira, 22 de julho de 2011

Belorizontando

Descobri, enquanto ouvia Beatles

Que por mais triste que a vida ande

Sempre há luz no caminho

Que por mais só que se esteja

Sempre a boas pessoas a se encontrar

De todos os dons que posso ter

Tenho um dom que talvez

Seja a maior virtude de minha vida

Uma sorte única e peculiar

Que poucas pessoas notam quando o tem

Que muitos queriam ter

Mas por serem pouco observadores

Deixam que passem diante dos seus olhos

Fatos corriqueiros

Um sorriso ao amanhecer

Um obrigado, um tchau...

Um até mais...

Não que eu seja uma pessoa especial

Sou apenas um sortudo neste quesito

Talvez por ser uma pessoa acida

Poucos sobrevivam

Mas estes...

Que aqui ficam...

São, grandes amigos...

Pessoas que de forma singular

Fazem esta pequena historia de minha vida

Ser algo que valha apena...

Como diria Fagner...

“amigos agente encontra, o mundo não é só aqui ou ali...”

E tenho sorte, de sempre encontrar bons amigos...

Banzo

Sinto uma tristeza

Tão diferente de todas que já senti

Posso até sorrir, posso até chorar

Mas não há nada que me acalme

Nenhum pensamento que acalante

Nenhuma palavra que console.

Sobre a avenida...

Corre, corre, corre...

Suor e sangue, e nada

Nada além de pessoas passando

As frias construções de concreto

É tudo tão certo e organizado

E assim se vai nossas vidas.

Penso que talvez

Seja isto que os românticos

Chamariam de solidão...

Desesperadamente

Olho o telefone de hora em hora

As redes de minuto em minuto

Na vaga esperança de uma palavra

De algum amigo.

Mas nada acontece...

Enquanto trabalho

Minha alma adoece

Perde sua poesia

Ganha a agonia

E chora sozinha.

É talvez seja realmente isso

Que os românticos

Chamavam de solidão.