quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ode da Amizade.

(a dois caras em Montes Claros...)


Dividem em suma
Os mesmos ideais vadios
Em suas mentes penitentes
De instrumentos acabados
Dançam a mesma musica
Sempre andam para o mesmo lado
É um preto, cabeludo e um calado
Pelas ruas vazias
Pelas noites frias
Pelas feridas vivas da solidão
Provaram em seu caráter
A água santa e a cicuta
O vinagre e o vinho
E um tanto quanto um pouquinho
De amor para esta vida.

Dividem, entretanto...
Dos mesmos sonhos de outono
Com cara de sono com sonhos distantes
Um magricela, cabeludo, preto e o calado.
Tanto quanto galgando das corredeiras
Cachoeiras de verdades
Em meio a hebriedade
Provam dos mesmos venenos
E ainda quando pequenos
Das mesmas idiotices.

Dividem assim a mesma cumplicidade
Que nos dias de hoje se perdeu
Com seus particulares
Peculiares defeitos
São os amigos perfeitos
Para quem esses defeitos
pretende ter...

na verdade não dividem grana
não dividem nada
apenas compartilham
da mesma estrada
esquecida da amizade.

(Tom F.)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Saudades sinto

Não dos que toda vida

Em mim estiveram

Ou naqueles a quem

Des da mais tenra infância

Neles estive...

Pois este, penso eu

Que por mais três mil vidas

Que um dia ei de ter

Comigo sempre estarão

Tal qual em mim estão

Toda via...

Meu peito que insiste

Em complicar o que se pode ser simples

Saudades sente

A todo instante e momento

Daqueles que amam gratuitamente

Destes nobres que amo

Sem nada querer em troca

Nada mais que uma palavra

Um sorriso, uma abraço

Um momento

Estes que acima regras

Como moral ou sanguíneas

Se doam gratuitamente

Sem se importar com as falhas e defeitos

Estes que costurei neste meu peito

E que sei...

Que a vida vacilar

Poderei não ser para eles

O quanto eles são para mim...

Assim como algo

Que insubstituível e que completa

As nossas maneiras de ser e de pensar

Saudades sinto dos meus amigos

Pois sei que a vida é de riscos

E que estes momentos de distancia

Podem transformar em pó

O que um dia foi um nó...

Forte que nos liga (ou ligava)

Em memorias e nostalgia

E que por mais três mil vidas

Que um dia venha a ter...

Estarão a todo sempre

Gravados no metal de minha alma.