quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ode da Amizade.

(a dois caras em Montes Claros...)


Dividem em suma
Os mesmos ideais vadios
Em suas mentes penitentes
De instrumentos acabados
Dançam a mesma musica
Sempre andam para o mesmo lado
É um preto, cabeludo e um calado
Pelas ruas vazias
Pelas noites frias
Pelas feridas vivas da solidão
Provaram em seu caráter
A água santa e a cicuta
O vinagre e o vinho
E um tanto quanto um pouquinho
De amor para esta vida.

Dividem, entretanto...
Dos mesmos sonhos de outono
Com cara de sono com sonhos distantes
Um magricela, cabeludo, preto e o calado.
Tanto quanto galgando das corredeiras
Cachoeiras de verdades
Em meio a hebriedade
Provam dos mesmos venenos
E ainda quando pequenos
Das mesmas idiotices.

Dividem assim a mesma cumplicidade
Que nos dias de hoje se perdeu
Com seus particulares
Peculiares defeitos
São os amigos perfeitos
Para quem esses defeitos
pretende ter...

na verdade não dividem grana
não dividem nada
apenas compartilham
da mesma estrada
esquecida da amizade.

(Tom F.)

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